segunda-feira, 21 de abril de 2014

Uma teoria da Justiça (Resenha do cap. 01).




Neste  trabalho pretendo abordar a questão da Justiça como disposta na obra de John Rawls capítulo I: A justiça como equidade em que o autor delineia algumas ideias principais acerca do que vem a ser a justiça. “Parto da descrição do papel da justiça na cooperação social e de uma breve explanação do objeto principal da justiça, a estrutura básica da sociedade” (RAWLS, 2008).  O autor continua apresentando  a uma ideia central de justiça como equidade, uma teoria da justiça que pretende elevar a um nível mais alto de abstração a concepção tradicional de contrato social. “ Com o intuito de esclarecer e comparar, também trato das concepções clássicas de justiça do utilitarismo e do instrucionismo, examino algumas diferenças entre essas teorias e a justiça como equidade” (RAWLS, 2008).
Qual seria o  Papel da justiça? A justiça é uma virtude primeira das instituições sociais, assim como a verdade é o dos sistemas de pensamento (RAWLS, 2008). Apesar de haver sérias discordâncias sobre essa afirmação, Rawls justifica que cada pessoa possui uma inviolabilidade firmada na justiça e que nem mesmo a sensação de bem estar pode desconsiderar:

cada pessoa possui uma concepção de justiça. Isto é, cada qual compreende a necessidade e está disposto a corroborar com o conjunto de característico de princípios para a atribuição de direitos e deveres fundamentais e para decidir qual ele e os demais consideram ser a distribuição adequada dos benefícios e dos encargos da cooperação social. (RAWLS, 2008)


Essa afirmação põe em destaque as semelhanças e frisa que as diferenças entre as pessoas são importantes no que se refere a atribuição de direitos e deveres e especificam qual é a divisão mais vantajosa e apropriada. Segundo Rawls: “Precisamos levar em conta suas relações mais amplas, pois, embora a justiça tenha certa prioridade por ser a mais importante virtude das instituições ainda assim é verdade que uma percepção de justiça é preferível a outra quando suas consequências mais amplas são mais desejáveis” (RAWLS, 2008). 

RAWLS, John. Uma Teoria da Justiça.  Trad. Jussara Gomes. 3ª ed. São Paulo. Martins Fontes, 2008.